O sentimento de amor aparece muito cedo na vida. Ele é
favorecido por um ambiente familiar que seja sadio, equilibrado e afectuoso. A
criança aprende que o amor é um sentimento positivo e compensador. Uma
personalidade equilibrada e forte ajudará a relações sadias com o sexo oposto.
A forma como irá amar alguém no futuro dependerá muito das aprendizagens
sociais que fará nesta época da vida.
Por volta dos 12 anos de idade, os jovens começam a sentir
forte atracção de amizade e companheirismo entre si. Os laços de afecto
estreitam-se nos grupos de amigos porque garantem protecção. As relações
amorosas, porém, são espontâneas e fugidias.
Entre os 14 e os 16 anos, já na fase de "status",
os jovens procuram uma integração plena no seu grupo de referência. Seguem as modas
e o interesse pelo próprio aspecto físico. Desde que tal lhes seja permitido,
os jovens preferem conviver mais de metade do tempo com os amigos. Surgem os
primeiros sentimentos amorosos com o sexo oposto.
A fase seguinte, chamada de "afeição", vai até aos
18 anos de idade e a figura do parceiro surge de forma clara. Nascem os
primeiros relacionamentos amorosos. As jovens sonham com o amor romântico; os
rapazes podem deixar-se tentar pelo amor lúdico, preferindo relações
superficiais e diversas. O tempo com os amigos diminui e nascem as primeiras
relações sentimentais de casal.
A partir dos 18 anos - a fase chamada de "vínculo"
- o estilo de relação sentimental altera-se. O vínculo aumenta nos casais
enamorados. Ao mesmo tempo surge uma visão mais pragmática do envolvimento
sentimental, em que ambos avaliam a consistência da relação e reflectem sobre
se o parceiro é o que melhor serve para uma convivência mais longa e para
constituir família.
Finalmente, o estilo de amar de cada um será também, em parte,
influenciado pela forma como o outro actua dentro da relação. Por mim, não há
nada como o amor apaixonado! Confesso que continuo a ser um romântico.