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Peter Olsen me entrevistou

Peter  D. Olsen e Nelson S Lima

O escritor, ex-correspondente de guerra e atual jornalista freelancer Peter D. Olsen, de origem britânica, e que trabalha para vários jornais e revistas de renome mundial, fez-me uma longa entrevista para próxima publicação/divulgação. 

Da entrevista retirei algumas perguntas/respostas que aqui deixo considerando que poderão ter interesse para os meus leitores.

Perter Olsen - Nelson, como você se define?
Nelson S Lima - Difícil essa pergunta. Temos sempre uma visão egocêntrica e egoista de nós mesmo, além de que somos vítimas de erros de interpretação de nossa vida e experiências. Diria, então, com carácter provisório (porque nós estamos sempre em transformação) que me sinto uma pessoa observadora do mundo, procurando entendê-lo e que, não obstante as dificuldades em conviver com o "status quo", se mantém fiel a uma missão que é ajudar os outros a repensar e a mudar o mundo e a não aceitá-lo passivamente.

PO - Você se apresenta como inconformista, um pouco ao estilo de Seth Godin e Chris Guillebeau?
NSL - Seth Godin e Chris Guillebeau são muito diferentes entre si mas não deixam de ser, de facto, dois irreverentes inconformistas, mais o Godin do que Guillebeau. Identifico-me mais com o Seth, até porque está mais ligado ao mundo da escrita, da criatividade e da inovação. Como eu escrevi no meu blogue "Manual do Inconformista" considero-me um livre-pensador, muito crítico da sociedade não tanto pelos seus problemas atuais mas pelas causas que persistem em manter esses mesmos problemas. Isto é, gosto de ir ao fundo das questões e a pergunta que me move é "Porquê?". Isso me faz andar numa roda viva tentando compreender, por exemplo, porque o ser humano é capaz de tantos atos de estupidez e pura maldade quando se vangloria de sua inteligência e superioridade. Sou inconformista ao ponto de acusar a educação (familiar e escolar) como um dos maiores cancros de uma sociedade que está cada vez complexa e que exige que abandonemos rapidamente ideias, crenças e soluções que já não fazem sentido hoje em dia e que estão impedindo um progresso mais rápido ao nível do desenvolvimento humano e social.

PO - Quem você mais detesta?
NSL - Os políticos em geral, da direita à esquerda. Tornaram-se profissionais sem preparação para a maioria dos cargos que desempenham e bloqueiam todas as possibilidades de acesso de independentes aos lugares da governação. Tenho também uma opinião muito desfavorável das religiões e dos seus líderes. Considero que em muitas partes do mundo são eles os instigadores de conflitos cujo objetivo é manter tudo como dantes e manterem a cenoura e o chicote sobre as populações. 

PO - Que país mais o surpreende?
NSL - Os Estados Unidos pela positiva e pela negativa. É uma terra de oportunidades e de grande poder em muitas áreas mas também é, pela sua legislação, um país excessivamente puritano e assustador. Não compreendo como sendo uma democracia aberta se autoriza a pena de morte quando a condenam fora de suas fronteiras. Surpreendem-me pela positiva os países do Norte da Europa, incluindo o Reino Unido onde legalmente resido e trabalho.

POMas você é também reitor e professor na Universidade do Futuro, no Brasil...
NSLSim, em tempo parcial, pois tenho outros afazeres e a minha própria agência de divulgação científica estabelecida em Londres e que vai este ano, finalmente, avançar decididamente para o mercado, nomeadamente o da América do Sul. Sou pró-reitor para as Relações Internacionais.

PO - Vendo seu CV, como você tem tempo para tanta atividade?
NSL - Sim, não terei tanto tempo quanto precisaria, como terminar meus livros, mas com uma boa agenda e estabelecendo prioridades consegue-se trabalhar não mais do que 12 horas por dia e  atingir os resultados desejados.

PO - Quais são os seus grandes projectos para 2014?
NSL - Tornar minha agência em Londres operacional (ela já está dirigindo 2 institutos em vários países), terminar meus livros, realizar conferências e aguardar novas oportunidades de trabalho pois eu gosto de variar dentro de um certo espaço de manobra que estabeleci para mim.

PO - Consta que você leva uma vida regrada apesar de sua vida agitada. Como faz isso?
NSL - Primeiro devo dizer que eu amo meu organismo e quero tê-lo em forma para manter minha saúde e um "envelhecimento ótimo", com mais sabedoria. Sigo uma alimentação praticamente vegetariana, faço muitos intervalos para caminhar ou pedalar em minha bicicleta estática que tenho na minha sala de trabalho e dedico-me a ajudar as pessoas que me pedem conselhos e dicas sobre saúde mental e cerebral. Não tenho qualquer segredo especial para manter a minha forma e que me protege das doenças típicas da minha idade. Por enquanto meus exames revelam uma juventude biológica de que me orgulho pois é fruto de esforço meu.

PO - O que o preocupa mais na humanidade?
NSL - As fronteiras, sejam elas territoriais (bairristas, regionais, nacionais) ou religiosas, ideológicas, políticas, raciais e tudo o mais que separa em vez de unir os homens. Preocupa-me também a intolerância, o egoísmo feroz, o consumismo desmedido, a incompetência e a impreparação de muitas pessoas ocupando lugares de decisão para os novos tempos tão cheios de novidades e surpresas que nos aguardam. 

PO - Se fosse um governante qual seria o seu guião?
NSL - Não quereria ser governante. É impossível ser-se um bom governante com uma população humana que não se une em torno de grandes causas, preferindo matar, roubar, ignorar os mais desfavorecidos, empanturrar-se de comida, deixar-se alienar frente à televisão e preferir viver com medicamentos para travar doenças que um simples mudar de estilo de vida resolveria.

PO - Tem inimigos?
NSL - Sei que tenho mas considero-os patetas porque me atacam por inveja ou por desconhecimento dos factos que fazem a minha vida. E além de patetas são execráveis pois se escondem no anonimato não dando a cara. Felizmente são poucos ou então os restantes estão, para já, calados. Mas penso que devem estar prontos a tentar abater-me pois as minhas ideias - que procuro não difundir muito - vão contra o sistema, o "status quo" onde eles se alimentam.