Pensamento positivo, otimismo, inteligência,
conhecimentos
ou atitude?
Tenho dúvidas sobre o que vou afirmar. Tenho pensado nisso.
Tenho lido diferentes autores e todos divergem, embora haja um consenso
alargado quando ao poder do "pensamento positivo" e que outros
preferem substituir por "otimismo".
Só que já li em autores de nomeada que dizem que o
pensamento positivo é um engano. Ele não muda nada e em algumas pessoas até
pode fazê-las descurar o pensamento pragmático tão necessário em certos
momentos.
Muitas pessoas que usam o "pensamento positivo"
como panaceia estão se enganando a si mesmas. Não é esse tipo de pensamento que
vai mudar nada, a não ser, eventualmente, uma certa confiança em si mesmo e nos
acasos da vida (o que é imprudente num mundo cada mais complexo e, por isso,
tão repleto de surpresas).
Quanto ao otimismo pois é óbvio que ele é positivo por
definição, mas apenas se for natural e não forçado. A pessoa naturalmente
otimista (uma característica da personalidade) tem evidentes vantagens sobre os
pessimistas que até parecem atrair os azares (o que não é de surpreender).
Uma outra visão tem Shirzad Chamine, um investigador em
"coaching", que diz que uma inteligência - a que ele chama de
"positiva" - é o factor que pode facilitar uma vida mais próspera e
certeira (na saúde, no trabalho, nas relações, etc.). Segundo ele, a
inteligência positiva, não só evita armadilhas mentais como prepara as pessoas
para lidarem melhor com os seus recursos mentais, tirando deles maior proveito
em favor de uma vida melhor.
Cá por mim, que tendo a ser pragmático, sou de opinião que é
a atitude que determina o resultado final. Ou seja, é o ponto de partida para
uma vida mais produtiva. A atitude representa a forma como encaramos as coisas,
as boas, as más e as neutras (se é que posso dizer que há alguma coisa neutra
no mundo).
Há pessoas que têm uma atitude facilitista na vida (excesso
de confiança) e outras uma atitude ajustada aos problemas e às circunstâncias
(e que pode exigir um "mix" de ousadia, criatividade, racionalização,
intuição, conhecimentos, prudência e também confiança quanto baste).
É essa "forma como se encaram" os problemas (como
os recebemos, os analisamos, etc.) que pode ajudar a encontrar as melhores
soluções possíveis. Até hoje a vida ensinou-me isso mesmo.
Nelson S Lima