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TER SORTE! O que você tem feito por isso?

A sorte está muito relacionada com o acaso. Sorte e acaso sempre fizeram parte da história humana. Mas, atualmente, com o aumento da população mundial e da complexidade social, o factor "acaso" atingiu um peso impressionante. Ou seja, o "acaso", se pudesse ser quantificado, chegaria a valores inimagináveis.

A vida de cada um de nós está repleta de acasos e muitos mais virão, no próximo minuto, nas horas seguintes, em qualquer altura do futuro próximo ou longínquo. De um momento para o outro encontramos pessoas ou deparamo-nos com acontecimentos e situações que podem modificar completamente a nossa vida (por vezes de forma radical).

Não interessa aqui discutir se "está escrito no destino" ou se qualquer acaso surge como que do nada ou de nada alguma vez imaginado. O acaso quase sempre surpreende porque nos apanha desprevenidos e porque temos tendência a não pensar que a vida está cheia de surpresas (boas, neutras, más).

É aqui que entra o factor sorte. Muitas vezes, o que o acaso nos traz é generoso. Muitas outras, é simplesmente horrível e difícil de assimilar. Tudo depende de muitos factores e da conjugação de vários elementos tais como o "estar na hora e no lugar certo" para que algo nos surpreenda pela sua imprevisibilidade.


O ser humano não dá muito valor ao acaso a não ser quando se depara com ele. Poucas pessoas pensam que o acaso vai ainda surpreendê-las mais vezes no futuro e que não estão protegidas dele. Com sorte, os acasos poderão ter um "final feliz". Sem ela, o risco de nos magoar ou nos derrubar é enorme.

O ACASO, A SORTE E O CÉREBRO
Curiosamente, quer o acaso quer a sorte, têm a sua componente psicológica. Há pessoas com mais hipóteses de terem a sorte do seu lado enquanto outras parecem destinadas ao azar.

Cientistas como o inglês Richard Wiseman e o alemão Stefan Klein (admirado por António Damásio) estudaram, de forma independente, os factores "sorte" e "acaso" e descobriram que podemos ter alguma influência em qualquer um deles. Essa conclusão abre portas para que cada um de nós possa ter um maior poder sobre o que chamamos "destino" conhecendo melhor como o nosso cérebro funciona. Até nisto, o cérebro tem um papel muito importante.