Assiste-se atualmente a um paradoxo: quanto mais avançamos
no conhecimento e nos saberes sobre "qualidade de vida" mais se
assiste à proliferação de muitas doenças que estão matando milhões de pessoas
em todo o mundo (doenças oncológicas, cardiovasculares, etc.). São as chamadas
"doenças da civilização" ou, para ser mais exato, "doenças de
incompatibilidade" (onde também se incluem novas alergias).
Por que isso acontece? Há os que dizem que se deve ao facto
de vivermos mais tempo e, sendo assim, ficamos mais expostos ao desgaste. Mas
eu não concordo. Isso não é uma resposta que me satisfaça.
O que nós estamos fazendo é viver de forma anti-natural (80%
do que nos alimenta é fabricado e manipulado para se conservar longo tempo, por
vezes anos em embalagens duvidosas), seguindo estilos de vida marcados por alta
pressão nervosa, dormindo pouco e a fora de horas, vivendo rodeados de
poluição, ou seja, expondo-nos a situações que são incompatíveis com a natureza
biológica do nosso organismo.
Não confiemos em que apenas o Poder da Mente vai proteger-nos
contra todos os malefícios e resolver todos os problemas do corpo e da vida.
Grave engano.
O verdadeiro Poder da Mente sobre o organismo está em sabermos introduzir
mudanças de hábitos e padrões de comportamento que protejam nossas células,
nossos órgãos e nossa vida. Ele existe, ele pode ser poderoso, ele pode ajudar,
mas não descuremos a realidade: somos seres vivos e nosso corpo segue as leis
da natureza e não as leis dos homens (que são leis de natureza cultural).
Nunca se esqueça do Poder do Corpo para poder ter uma vida
saudável, longa e equilibrada. Pense nisso.
Nelson S Lima