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Pensar o Futuro Desenvolve a Mente!

Chama-se "horizonte de tempo" e traduz a capacidade de concebermos o tempo na nossa mente e de nos projectarmos no futuro. É o período cognitivo dentro do qual somos capazes de projectar, planear e executar acções no futuro.

Elliot Jacques, um antigo professor de sociologia britânico, chamou a esta capacidade "janela do tempo". Ele foi peremptório: "a duração máxima de tempo que a mente de uma pessoa pode alcançar permite avaliar e definir o nível do poder cognitivo dessa pessoa".


Geralmente, as pessoas com um horizonte de tempo amplo são bastante inteligentes e, por isso, podem ser magníficos visionários (no sentido em que percebem as mudanças subtis que ocorrem na sociedade e são capazes de intuitivamente conceber o que vai acontecer), além de excelentes condutores de missões.


Efectivamente, aumentam as provas (científicas) de que quanto mais longe o nosso cérebro for capaz de "trabalhar" no tempo mais inteligentes nos tornamos. Essa capacidade está localizada nos chamados "lobos frontais", as zonas mais modernas (em termos evolutivos) do cérebro humano.


Nas pessoas em que o "horizonte de tempo" é pequeno verifica-se alguma rigidez na elasticidade de resposta a desafios em que o factor tempo seja prioritário.


Em épocas como a nossa - em que temos de lidar com a complexidade, a ambiguidade, a rapidez dos acontecimentos e o paradoxo - as pessoas habilitadas a funcionar com amplos "horizontes de tempo" estão mais à-vontade para responderem criativamente aos desafios.
Robert Cooper, um prestigiado psicólogo organizacional, foi um extraordinário professor que me fez perceber a importância que cada um de nós deve dar ao factor "tempo" e à "percepção do futuro".


Recordamos alguns dos seus conselhos para agilizarmos a mente e desenvolvermos nela o "horizonte de tempo":


- estar abertos a todas as fontes de informação;
- procurar mais do que uma resposta para os problemas;- usar conhecimentos ou dados contraditórios para gerar respostas alternativas;
- pensar fora das regras e normas habituais (ser criativo e inovador!!);
- dar atenção a tudo aquilo que, relativamente a um problema, fique por dizer;
- não ter receio de gerar "novas teorias" ou de "ver as coisas de forma diferente";
- encarar a incerteza como recurso!


Aquele professor sugeria também que, para começar, deveríamos desenvolver "uma visão pessoal do tempo futuro" (uma verdadeira "autobiografia futura"), imaginando-nos a actuar num tempo futuro.


Aliás, este é um exercício que costumamos aconselhar frequentemente às pessoas com alguns problemas de adaptação: convidamo-las a imaginar onde gostariam de estar e de fazer a 5 ou 10 anos de distância! Não é um trabalho de adivinhação mas de preparação mental e de expansão da consciência para o futuro. Os resultados são habitualmente muito animadores.


Como se faz isso? Recordemos as palavras do professor: programar algum tempo semanal para, num lugar calmo, olhar para o futuro "vendo-nos" a actuar onde gostaríamos de estar. É um trabalho pró-activo é susceptível de alargar o nosso "horizonte de tempo".

Estámos muito agarrados ao passado (estudamos a História), vivemos muito dependentes do que já aconteceu nas nossas vidas.


O agora é fugidio e também não lhe prestamos a atenção devida. Olhando mais para a frente - o futuro - restam-nos planos, ambições ou medos. Há quem se recuse a pensar na vida a mais de uns quantos meses para a frente.


O futuro, de facto, não existe; está por acontecer, é indeterminado. Mas ao desenvolvermos a nossa "visão" interior ficaremos mais aptos a enfrentar com sucesso e de forma positiva tudo aquilo que o futuro nos trouxer. Por outro lado, ficaremos mais habilitados a modificarmos no presente elementos que irão repercurtir-se no futuro, alterando aquilo que um tanto fatalisticamente chamamos de "destino".