Vivemos em constante agitação. Podemos pensar que estamos
isentos da sua influência mas é de todo impossível evitarmos que este mundo tão
turbulento e tão rápido na produção de novos acontecimentos (políticos,
sociais, tecnológicos e outros) não deixe as suas marcas na nossa vida.
Estive hoje a pesquisar sobre o stresse e há cada vez mais
consenso entre os diferentes investigadores que o stresse, nas suas diferentes
formas, pode ser extremamente perigoso. Ele não apenas sujeita o organismo a
uma pressão bem perceptível como também atua de uma maneira silenciosa, discreta
e sem que tenhamos percepção do problema. O seu antídoto é a serenidade
espiritual.
A serenidade é um estado do nosso ser que devemos praticar
para fugirmos ao sofrimento da angústia, da inquietude e da intranquilidade. A
serenidade é, em rigor, uma atitude perante a realidade da vida e que tem a vantagem
de nos permitir avaliar objetivamente o que nos rodeia e aquilo que nos
acontece. Ela também abre espaço a múltiplos valores e potencialidades que
poderão nunca se revelar sob o efeito do stresse, da ansiedade e da angústia.
Só serenamente poderemos aceder à perspicácia e até ao pleno
uso da inteligência. Assim, a serenidade é um recurso humano que, mais do que
nunca, deveremos exercitar. Ela é como o sol que rompe e vence o nevoeiro que
tantas vezes paralisa a nossa vida.
Nelson S Lima